O uso de games na publicidade brasileira foi tema de um dos debates do Big Festival nesta manhã entre os profissionais Fábio Menezes e João Ferraz (agência Enken), Maycon Souza (Estúdio LUNE) e Fernando Chamis (Webcore Games) moderado por Alexandre Gibotti (ABRADI). O painel discutiu o estado do mercado atual de advergames apresentou cases bem sucedidos de empresas nacionais.
Fernando Chamis abriu a discussão destacando que, embora dificilmente o “sonho” de um desenvolvedor de games seja produzir jogos para publicidade, eles são uma alternativa viável para manter um estúdio funcionando e financiar produções mais autorais. Maycon Souza concordou e, ao apresentar o Estúdio LUNE, contou que a empresa já previa desde sua criação um modelo de negócios em que advergames financiariam a produção de games independentes.
João Ferraz falou sobre a vantagem do uso de games em publicidade por serem uma mídia com alto poder de engajamento e captura de atenção, destacando que o time spent de games é significativamente mais alto que o de outros formatos de comunicação. As marcas estariam percebendo essa tendência e aproveitando o potencial dos games em campanhas com outras mídias.
Algumas dificuldades ainda presentes neste tipo de produção foram listadas: desconhecimento dos games como mídia por parte do atendimento das agências; distância eventual entre a criação e o especialista em game design que pode comprometer a qualidade do trabalho e falta de noção real dos clientes a respeito de custos e tempo de desenvolvimento de um jogo. Porém o bate papo acabou com a perspectiva otimista de que o mercado de advergames brasileiro está em expansão.