Quem cresceu no Brasil e era criança nos idos de 1999 provavelmente acompanhou as aventuras de Ash e Pikachu, seja no Cartoon Network, seja na Record. Um menino de dez anos sai pelo Japão em uma jornada para se tornar um mestre Pokémon. O mundo, nesse universo paralelo, está repleto de pequenos monstros com poderes especiais que, contrariando a lei de conservação de massa, podem ser encolhidos e carregados no cinto em pequenas Pokébolas.

A realidade aumentada pode tornar esse sonho realidade. Ou, bem, quase isso. A Nintendo começou a lançar jogos para celulares (parece que alguém acordou pra vida, não é mesmo?) e anunciou recentemente o Pokémon Shuffle, uma mistura de Candy Crush com a lógica dos games da série para portáteis. Hoje, a empresa anunciou o Pokémon Go, um game para celulares que usa a realidade aumentada para que você possa capturar Charmander, Bulbassaur e Squirtle no “mundo real”. O trailer de anúncio está logo acima.

Usando a tecnologia GPS, será possível, por exemplo, encontrar Pokémon nos parques, museus ou shoppings. A geolocalização também ajudará a encontrar oponentes para uma batalha, além de raids contra pokémon mais poderosos. O jogo será gratuito para Android e iOS e tem data prevista de lançamento para 2016.

Para lucrar e oferecer uma forma diferente de interagir com esse jogo em realidade virtual, a Nintendo também anunciou o lançamento de uma pulseira, que permite ao usuário estar ligado no game, mesmo que ele não esteja, de fato, jogando. Com o formato de um sinal de localização do Google Maps, o Pokémon Go Plus vibra se algum pokémon estiver por perto.

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A nova empreitada da Nintendo é resultado da parceria com a Niantic, revelada no primeiro semestre de 2015. Aliás, ao que tudo indica, Pokémon Go estava em fase de testes quando vimos aquela brincadeira de primeiro de abril no Google Maps (achou o Gyarados no Ibirapuera?).

A lógica de negócio está certa, ao menos para a Nintendo. A empresa sempre usa a paixão dos jogadores por um jogo para vender hardware (no caso, a pulseira). Agora, a nostalgia e a pulseira são o suficiente para tornar um jogo de realidade aumentada fazer sucesso? Ainda é necessário aguardar, pelo menos, até o ano que vem.

Aliás, fica aqui registrado (viu, Nintendo?) o desejo de um MMO de Pokémon no PC. Será que algum dia veremos algo do tipo? Deixe seu comentário abaixo.

Texto por Lucas Agrela