Antes eu preciso dizer que, eu sou uma das pessoas mais cagonas para coisas de terror. Filmes, jogos, fotos e qualquer outra coisa relacionada a esse inferno que faz pular da cadeira. Porém, em uma pauta com meu sócio Rodrigo Gomes no Doi2Bits, nós decidimos que quem deveria gravar jogos de terror no canal seria eu. Justamente para rirem dos meus sustos. Enfim, missão dada é missão cumprida.

Eu posso dizer tranquilamente que Outlast, jogo desenvolvido pela Red Barrels para PC (e em breve para Playstation 4) me deixou tenso como eu nunca havia ficado antes com qualquer situação de terror. Isso que eu estou jogando à medida que vou gravando os gameplays dossábados de terror, mas bastou meia hora dentro dos portões do manicômio Mount Massive Asylum para criminosos insanos para ver ao que os desenvolvedores vieram.

O jogo está munido e pronto para assustar o jogador até as últimas consequências. Não poupando esforços no uso de todo o lado doentio e sádico da mente de seus desenvolvedores e roteiristas, Outlast está forrado no bizarro, com uma violência psicológica e física que eu nunca presenciei em outros jogos de terror. Logo no início ele já te prepara para o que vem com um clima extremamente denso. O manicômio é enorme e pelo que você nota inicialmente, está completamente abandonado. O portão dos carros se fecha atrás de você sem nenhum comando e então você nota que está preso lá dentro. O que resta ao jogador é investigar usando uma câmera com visão noturna, o único item à sua disposição.

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Medo é pouco para a maioria das tuas ações em Outlast.

Após uns momentos o jogador vê que sua única entrada é através de uma janela aberta. Assim que pisa dentro do instituto já é surpreendido com o primeiro pulo da cadeira. A partir dai, o clima vai ficando cada vez mais denso. Após explorar um pouco e ver bastante sangue e ouvir barulhos de pessoas o frio na espinha começa a subir, pois provavelmente já sabem que você está lá dentro. O sentimento de incapacidade e fraqueza toma conta. Logo em seguida, eu tomei o maior susto em um jogo em toda minha vida. A sala está completamente escura, e através do infravermelho da câmera você nota uma coleção enorme de cabeças e corpos. E isso é só o começo.

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Parte do cenário amedrontador de Outlast.

Outlast chama a atenção por ter uma jogabilidade bem fluida, e o personagem se movimenta muito bem em sua perspectiva de primeira pessoa. Ela é bem natural, principalmente quando você está na câmera, o que faz você sentir que está realmente no jogo. A visão em primeira pessoa é algo sensacional, possibilitando que você veja seu corpo – tronco, braços e pernas. Você anda e o personagem sai tateando as paredes, dando uma impressão ainda mais real do jogo.

Os gráficos são fantásticos, e é um dos pontos que mais te prende pela ótima qualidade que Outlast possui. Uma iluminação densa, uma construção de estágio conquista o jogador por completo. E isso fez com que eu realmente me sentisse preso em um local totalmente hostil, onde eu poderia ser abatido a qualquer momento, aumentando ainda mais o meu medo e garantindo cada vez mais sustos.

Outlast te coloca em uma situação onde uma pessoa normal não teria como se defender de assassinos e loucos em seu “habitat natural” a não ser fugindo e se escondendo. E, caro leitor, vá por mim. Corra e se esconda, mas jogue essa obra prima. Vale cada frio na espinha.

Trailer de Outlast:

 

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