Para quem já dominou durante um bom tempo o mercado de jogos de tiro, a Eletronic Arts não acertou muito a mão no ultimo jogo da série Medal of Honor, do qual a produtora tentou resgatar o titulo que a um bom tempo não aparecia pelos consoles, mais precisamente três anos.

Com certeza o que mais mudou no novo nem tão novo assim jogo, foi que ineditamente a franquia largou as guerras de um passado nem tão distante para as guerras nem tanto mais atuais, que no caso é a do Afeganistão, mas não pense que isso fez o jogo ficar melhor, pois deixou todos os clichês de jogos da Segunda Guerra Mundial, para adentrar e em quase todos os outros clichês dos jogos de guerras atuais, digo quase porque só faltou a trama ter algum inimigo russo, pois de resto é bem similar a muitos jogos do gênero.

O que mais me impressionou – entenda “impressionou” como quiser – a principio foi que o jogo tem péssimos gráficos, e em muitas partes que tem muita coisa acontecendo no jogo, como por exemplo, quando acontece algum bombardeio onde você está, o frame hate cai para mais da metade e fica baixíssimo, o que atrapalha bastante. E isso acontece mesmo com os gráficos do jogo sendo extremamente granulados e de baixa definição, e em algumas situações você consegue enxergar os gráficos bem quadriculados.

As cenas em CG obviamente são muito melhores e muito bem feitas, mas chega parecer ridículo que a Eletronic Arts tinha em algum momento a intenção de competir lado a lado com grandes franquias do gênero com um jogo desses. Isso sem contar alguns bugs, como em algumas partes do terreno quando se está debruçado no chão, e não se consegue mirar e muito menos atirar, e o jogador tem que ir mais para a direita ou esquerda (encontrando uma posição melhor) para que essa função… funcione direito. A inteligência artificial do jogo é péssima, e mesmo jogando no modo Hard, o jogo é bem fácil, com inimigos que muitas vezes ficam parados e o que faz o “tiroteio” parecer mais como um jogo de atirar em patinhos. O jogo também é curto, podendo ser terminado em 4 ou 5 horas. Mas mesmo com todos esses defeitos, ainda tem algumas coisas boas, como as diversas gírias militares que se pode conferir durante a jogatina, coisa que a EA fez bem consultando combatentes que estiveram de verdade no front, sobre diversos aspectos, tudo para colocar mais realismo no jogo, até mesmo pelos ótimos efeitos sonoros e trilha sonora de primeira que o jogo apresenta.

Em relação às missões, novamente não tenho coisas boas a dizer, pois elas são bem repetitivas e nada de diferente que já não tenhamos visto em outras franquias do gênero, como missões que você tem que agir no modo stealth, missões de sniper, ataque controlando as armas de um helicóptero, e fazer alguns resgates. Ou seja, nada de novo, de novo!


Um dos integrantes do ZZ Top. Mentira, esse é o Dusty que mal aparece no jogo…

Como já havia dito, esse jogo é cheio de clichês, clichês, clichês, e o enredo não poderia ficar fora disso tudo. Pois alem de ter um plot em alguns momentos mal amarrados e com pouca exploração dos heróis do jogo, como por exemplo, o personagem Dusty, que é o barbudo da capa do game, ele aparece somente em umas três missões, no qual não é explorado em quase nada sua parição no game, além de não ser um personagem expressivo, como eu esperava. E nesse caso até o nosso Dusty/Urtigão/BOPE, versão tupiniquim parece ser bem melhor que o original. (Pra entender a piada, clique aqui!)

Minhas considerações finais sobre o mais recente Medal of Honor são as seguintes: Boa jogabilidade, péssimos gráficos, mas que apesar dos vários defeitos que coloquei, é um jogo divertido apesar de ser mais do mesmo. Vale a pena para você que não tem nada de melhor para jogar e é um inútil que não faz outra coisa além de jogar video game e encher o rabo de comida! Brincdeira, mas o que quero dizer é que dá para perder algumas horas da sua vida jogando Medal of Honor. Deixo um vídeo para que vocês mesmos olhem e percebam todos os defeitos (ou não) que Medal of Honor apresenta nesse gameplay que é da primeira parte do jogo.

Bom divertimento (ou não, pois eu avisei!)