O Apocalipse, o fim dos tempos. A luta entre o céu e o inferno. Por mais que isso pareça clichê, mas te interesse a conhecer um jogo com esse pano de fundo, Darksiders é uma ótima escolha. Mas se você é fã de títulos como World of Warcraft e God of War, você acaba de encontrar o jogo perfeito para a sua próxima jogatina.Desenvolvido pela Vigil Games, Darksiders é um ótimo jogo com aspectos que lembram muitos outros títulos na questão de jogabilidade e história, mas não é um pecador de originalidade – apesar de não ser o primeiro jogo a falar da destruição do mundo. O que mais me chamou a atenção foi o visual dos cenários e dos personagens, ainda mais ao saber que Joe Madureira, famoso artista da Marvel Comics que já desenhou muitas das Fabulosos X-Men que tenho na minha coleção, era o diretor criativo desse jogo.

A história de Darksiders tem tudo a ver com a destruição do mundo, onde o Céu e o Inferno mais uma vez entram em guerra, e quem perde nessa batalha são os homens. É quando entra em cena War (Guerra), um dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse, invocado por uma espécie de conselho (Charred Council) para intervir na batalha entre os reinos e descobrir quem iniciou o Armageddon, que aconteceria quando os Sete Selos Sagrados fossem quebrados. E justamente para preservar o equilíbrio que War é invocado. Porém, descobre que os Selos não foram quebrados e Straga, um dos escolhidos pelo vilão Destroyer, elimina Abaddon, general do Paraíso. Derrotado por sua fraqueza desconhecida, War é julgado pelo conselho e sentenciado à morte por iniciar o Armageddon, mas implora por voltar e descobrir o culpado pelo início da guerra, começando a aventura do jogo.

Ao começar o jogo, é difícil não reconhecer diversos aspectos de outros jogos. A jogabilidade lembra muito God of War – o que não é uma novidade por ser o principal jogo quando falamos de hack’n slash – mas possui um sistema interessante que mistura RPG e aventura, além de possibilitar golpes e outras parafernalhas que não são nada inovadoras, mas que se tornam obrigatório. No decorrer do jogo, War encontra diversos personagens (como o guia The Watcher, dublado pelo eterno Luke Skywalker, Mark Hammil) que garantem ótimos diálogos e muitas explicações na história, sem contar os muitos outros itens que se tornam necessários para o andamento do jogo. É fácil escolher as armas e aumentar o nível para melhores ataques contra os inimigos – que é possível quando você encontra Vulgrim, um demônio faminto por almas que funciona como um mercador – , mas os combos e inclusive a defesa são problemáticas durante o jogo. Durante o jogo War adquire novas habilidades, como a possibilidade de planar no ar e sua versão demoníaca, a Chaos Form, que é uma mão na roda nos momentos que você enfrenta certos inimigos. Você ainda consegue andar a cavalo com Ruin (Ruína), já que era de se esperar por ser um dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse.

O mundo explorado em Darksiders é uma arte aos olhos do jogador, com visual muito bem feito em todos os aspectos, já que os gráficos do jogo foram maravilhosamente elaborados em seus muitos cenários coloridos. Darksiders é extremamente linear em grande parte do jogo, onde certos caminhos só podem ser percorridos quando você adquire alguma vantagem ou alguma arma/equipamento específico. Certos momentos você precisa explorar o ambiente para atingir os seus objetivos, o que inclusive te possibilita a voltar a outros locais já explorados. Acredite, depois de conseguir o seu cavalo e ‘desbloquear’ os Serpents Holes com Vulgrim (uma espécie de atalhos interdimencionais), é mais fácil chegar em certos locais que anteriormente você julgaria cansativo. A principal falha do jogo é a exploração de seu universo, que deve-se aos inúmeros puzzles encontrados, onde para alcançar certos locais e outros objetivos é necessário fazer inúmeras ações e se tornando cansativo e repetitivo para o jogador. Os inimigos do mapa garantem a jogabilidade no mundo explorado, mas não são empolgantes e não apresentam um grande nível de dificuldade, apenas os chefes garantem uma certa dor de cabeça para o jogador, além de serem as partes mais divertidas do jogo. Abaixo, o trailer do jogo, que mostra o seu gameplay:

 

De certa forma, Darksiders não é um jogo inovador, mas agrada ao jogador com seu fácil sistema de golpes e sua história cativante – há muita história durante o jogo, então se você procura um jogo longo, Darksiders é uma ótima escolha. A trilha sonora é envolvente, e funciona perfeitamente durante o jogo, garantindo um trabalho espetacular para o jogo. A única falha de Darksiders é a repetição em seus puzzles e parte em explorar o seu universo, tornando-se ora cansativo ora envolvente, diminuindo bastante o replay do jogo – porém isso é relevante para os jogadores pacientes. Apesar disso, é um jogo a ser jogado pelo seu belo visual, e esperamos que as suas falhas sejam corrigidas na possível continuação, previsto para 2013. Nota 9.