Quem nunca chegou a apresentar um jogo já sabendo que ele não estava muito dentro dos padrões, mesmo assumindo que era bem diferente do costumeiro e repetitivo mundo dos games? Foi lembrando de grandes criações e idéias completamente surreais que esta lista veio a tona, já que todo mundo tem seu punhado de jogos pra lá de estranhos mas que são incrivelmente divertidos. Com vocês, o TOP 10: Jogos incrivelmente estranhos!
9. Street Chaves
Eu não gosto de Chaves, desde pequeno nunca consegui achar graça desse “troço” – e não precisam atirar pedras, já estou acostumado até ser questionado se tenho alma, igual ao Bart Simpson quando vendeu a alma dele para o Diabo. Mas quando me falaram que tinha saído um jogo de luta com os personagens da série mexicana, fui eu jogar só pra falar mal. Quando percebi já estava jogando por muito tempo, e me divertindo.
O jogo criado pela equipe Cyber Gamba para o Windows é bem feito, mas na verdade um mod de vários games de luta como Street Fighter, Darkstalkers e The King of Fighters. O que mais me espantou é que além de gostar do jogo, eu comecei a gostar até daquela música do Seu Madruga, muito bem escrita por sinal. O melhor de tudo: totalmente gratuito. Recomendado pra uma boa diversão sem compromisso.
8. Pocket Fighter
Tudo que estávamos acostumado com jogos de luta até aquele momento foi por água abaixo quando chegou aos fliperamas do bairro o estranho Pocket Fighter. No começo ninguém levou o jogo muito a sério, sem que o jogo pudesse ter uma disputa séria. Ledo engano.
Os combos já padronizados pelo ótimo Darkstalkers faziam com que o jogo fosse muito frenético e todos queriam ver as transformações divertidas dos personagens, com uma dose de exageros – como tomar um combo e na última pancada seu personagem dar a volta no mundo e cair do outro lado da tela – tornando aqueles lutadores fofinhos em grandes guerreiros. Ótimo jogo, divertido de jogar e fácil de aprender.
7. Flower
Meu irmão comprou este jogo e, ao ver a idéia de Flower pela primeira vez, posso afirmar que nunca gastaria meu dinheiro com esse jogo. Que sorte que não sou ele pra poder desfrutar dessa obra prima. Flower me pegou totalmente de surpresa e de uma hora pra outra estava hipnotizado com uma trilha sonora das mais lindas já criadas, “modelada” por suas ações: em Flower você é o vento que carrega pétalas de flores por bosques lindos. Mais de que uma boa jogatina, uma verdadeira experiência.
6. World Heroes
O que dizer de World Heroes sem ser “É um jogo estranho”? A jogabilidade é bem tradicional da SNK, mas os personagens são bem diferentes do que estamos acostumado, principalmente quando se solta os bizarros golpes especiais – lembra do Tatsumakisempukyaku do Ryu? Então, consegue ser muito mais estranho que isso. Ainda mais com personagens como Fuuma, Captain Kidd e Rasputin.
Mas carisma é algo que não falta no jogo, mas sempre foi aquele tipo de fliperama que não lotava por não ser tão famoso. Uma pena, pois é um dos jogos de luta mais divertidos já criados. Destaque para o World Heroes Perfect, que foi melhorado e ainda adicionava novos e divertidos personagens.
5. Boogerman
Que tal um jogo que além de estranho pode ser dito como mal feito, que dele você só vai tirar lixo e que isso é muito legal? Boogerman é um super-herói bem diferente, seus poderes vem da flatulência, corisa e arrotos ultra potentes com um extra para o “peido de fogo” quando o mesmo come umas pimentas arretadas podendo voar pela fase por tempo limitado.
Mesmo mal feito, com muitos problemas na jogabilidade e colisão do personagem, Boogerman é bem divertido com direito a fases de deixar o qualquer um de cabelo em pé com sua dificuldade em tempos de SNES e Megadrive, levando à insistência pra terminar. O problema (e pra quem jogou também deve ter passado por isso) foi jogar e ouvir da minha mãe a tradicional frase “o que isso, menino?” ao ouvir os inúmeros burps, pums e plofts.
4. Power Instinct
Este é mais um daqueles jogos de luta que não é tão bom comparado aos concorrentes, mas tinha uma boa jogabilidade. O mais legal eram os personagens estranhos: claro que é impossível deixar de destacar a velhinha que ataca dentadura e fica jovem que nem o Tung Fu Rue de Fatal Fury. Aliás, a primeira vez que vi Power Instinct achei que um dos personagens era o Kuririn de Dragon Ball! Outro destaque é a voz que aparece a cada novo adversário que é sinistra, e os juízes que, para mim, eram os mesmos de Samurai Shodown. A trilha sonora também chama a atenção, e as vozes dos personagens com os nomes dos golpes também está no mesmo patamar do World Heroes.
Pra quem nunca jogou vale a pena dar uma chance, além de conhecer a sua continuação Power Instinct 2, que não tinha quase nenhuma diferença ao anterior.
3. Um Jammer Lammy
Quase todo mundo que conheço jogou PaRappa The Rapper, mas poucos conhecem ou jogaram Um Jammer Lammy, que mantinha o mesmo molde do seu antecessor, mesmo não sendo uma continuação – neste caso, logo depois foi lançado PaRappa The Rapper 2. E este tem seu próprio enredo só que com muito rock ‘n roll! Ao invés de cantar, Lammy toca guitarra e o primeiro desafio é com o Chop Chop Onion Master, mostrando que eles estão no mesmo universo. Assim como PaRappa, o jogo tem uma ótima trilha sonora e pra você que curte jogos musicais, é obrigatório para seu repertório gamer. Um jogo fantástico, mas muito estranho. E o video acima mostra isso com facilidade.
2. Rhythm Tengoku
Mais um jogo musical, só que este para Game Boy Advanced é certamente um que entra no meu Top 5 do portátil da Nintendo. Quem já jogou este brilhante jogo sabe do que eu estou falando: ele lembra o também brilhante Wario Ware, Inc. O esquema do game é apertar os botões na hora certa fazendo com que você fique decorando o ritmo da música e é claro que depois nunca mais sai da sua cabeça. Dentro do jogo para ser feita as trilhas são usadas situações das mais nonsenses possíveis, coisa das mentes fantásticas que somente os japoneses poderiam nos fornecer.
As fases são longas e depois de passar todas de uma tela específica vem uma com todas em remix, que você utiliza de todos os ensinamentos que lhe foi passado. Você já deu o play no video acima pra entender, né?
1. Incredible Crisis
Este jogo quase entrou para o Top 10: A capa é feia, mas o jogo é bom!, mas quis deixar para este aqui, ele merece um destaque como este na primeira posição. E mais uma vez tenho que dizer que somente os japoneses poderiam criar algo tão divertido e doentio quando este game: você joga com quatro membros de uma família (pai, mãe, filho e filha) revezando entre as histórias que ocorrem para poder comprar presentes de aniversário para a vovó da família que eles haviam esquecido.
A ideia central é que você não se enfureça com as mais inusitadas situações (pela capa do jogo já deu para perceber) que vão ocorrendo conforme a progressão. Pra você ter uma noção, a primeira fase do jogo você controla o pai que está entediado no escritório e repentinamente a chefe o chama para praticar exercícios, que no final mais parece um musical da Broadway. E é lá no quarto capítulo você joga com a mãe da família que está em um banco onde está tendo um assalto, onde sua missão é conseguir escapar sem que os bandidos a vejam. Este divertidíssimo jogo de PSX é pouco conhecido hoje em dia e sua capa prova que é um jogo extremamente estranho.
Mas tem alguma coisa errada..?
Você deve estar se perguntando “por que um Top 9 e não um Top 10?”. Foi só pra deixar a lista um pouco estranha, assim como o seu tema. Só que temos um problema em não falar do maior jogo estranho de todos os tempos, que é:
Posição BONUS: Katamari Damacy
A história é bem simples: você é um príncipe que tem a missão de reconstruir o universo para o seu pai, o Rei dos Cosmos. Pode ser uma história comum para os milhares de jogos já criados, mas não a sua mecânica. Você rola uma bola chamada Katamari que gruda tudo que se encontra pela frente ganhando massa, e assim ficando maior e grudando cada vez elementos maiores e mais pesados. Com uma jogabilidade bem fluida você aprende rapidamente como controlar a Katamari, e tem um estilo de modelagem de personagens bem diferente do que é costumeiro. Lançado para PS2, teve um grande sucesso considerando o estilo de jogo fora do padrão, o que proporcionou que este game pudesse sair nas demais plataformas posteriores.
O maior prazer de jogar Katamari é você acumular os mais diversos tipos de coisas – que vão de migalhas, biscoitos, humanos, cavalos, elefantes, rodas-gigantes, Ultramans, estrelas e assim por diante. Quer algo mais sensacional que isso? Realizando essas tarefas sua Katamari cria para o espaço sideral novas estrelas, luas e constelações que foram completamente destruídas. Destaque para as músicas “Que Sera, Sera” e “The Moon and the Prince”. Um excelente jogo pra quem quer começar a jogar o que há de estranho nos videogames.
E você? Achou que faltou algum jogo estranho na lista? Não deixe de comentar!