Amanhã, vamos receber (muito provavelmente) o anúncio da Sony de seu novo console, o Playstation 4 (ou seja lá qual for o seu nome), e com isso, estará dada a largada para a corrida da nova geração de consoles. Sim, de fato, a Nintendo já lançou o seu Wii U, mas não dá pra dizer que a disputa começou sem a Sony e a Microsoft entrarem na briga, não é? De qualquer modo, independentemente do que vão revelar amanhã, o fato é que a atual geração de consoles chegou ao seu fim em um momento turbulento e incerto, deixando muitas dúvidas para o futuro.

Por isso, a expectativa é alta, na esperança de que o lançamento de novas plataformas consiga “sacudir” o mercado de jogos eletrônicos. O que sabemos é que os futuros consoles terão um desempenho gráfico maior, acessórios mais modernos, etc, isso tudo é óbvio; porém, se as empresas quiserem voltar aos bons tempos, talvez este seja o momento de repensar alguns conceitos. Sendo assim, montamos uma lista de sugestões do que nós, gamers, gostaríamos de ver nesta nova geração de consoles para que todos, consumidores e desenvolvedores, saiam ganhando. Vamos lá!

Mais séries novas – Não nos levem a mal, ainda queremos um Fifa 18, um Final Fantasy XX, etc, mas nós também queremos experiências novas. Não tenham medo de inovar apenas porque é mais seguro lançar um jogo de uma franquia reconhecida; afinal, chega uma hora que essa estratégia deixa de funcionar. Além disso, o avanço da tecnologia não deveria ser um obstáculo para a inovação, muito pelo contrário. Queremos ser surpreendidos.

Retorno às origens – Sim, Capcom, Square, Konami, etc, estamos falando com vocês! Querem inovar? Criem séries novas. Agora, mudar todo o formato de uma série tradicional para atrair cada vez mais consumidores só vai afastar quem era fã desde o princípio. E parece que já começaram a pagar o preço por fazer isso, não é mesmo? Como diz uma frase: “Eu não sei qual é o segredo do sucesso, mas o segredo do fracasso é tentar agradar todo mundo.”

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E pensar que isso já foi uma visão do futuro dos videogames..!

Multiplayer é bom, mas single player também! – Todos nós gostamos de jogar com os amigos ou com desconhecidos na Internet. Mas há algo que (quase) todo gamer concorda: jogos eletrônicos são, essencialmente, uma experiência particular, pessoal. Nós queremos jogos que podemos curtir sozinhos também, com uma história cativante que prende a nossa atenção, com uma inteligência artificial que desafie a nossa esperteza, etc. Quer inventar de colocar multiplayer em God of War? Tudo bem, mas vamos lembrar que o que fez o sucesso do jogo foi a experiência single player, então não ignorem este aspecto. Se não, não há multiplayer que conserte um jogo.

Nada de bloqueio de jogos por região – Sinceramente? Este conceito está ultrapassado, não é mesmo? Qual o problema de eu querer jogar um jogo japonês no meu console americano? Eu estou pagando! A última geração de consoles deu um passo positivo abolindo, em grande parte, este tipo de bloqueio. Esperamos que agora não deem um passo para trás.

Nada de bloqueio de jogos usados – Esta questão é bem polêmica. As desenvolvedoras reclamam que não recebem um centavo de jogos usados e há boatos fortes de que os novos consoles terão alguma forma de bloqueio para impedir a revenda de games. Pessoalmente, eu nem gosto de ter jogos usados, e concordo que é um pouco injusto que as desenvolvedoras não ganhem nada com isso. Entretanto, acabar também com a tradição de emprestar e pegar jogos emprestados com os amigos não é algo muito legal. Talvez uma forma de incentivo para as pessoas comprar jogos novos seria mais apropriado, não é? Cuidado: tirem dos gamers o que eles querem e eles vão consegui-lo de outra forma. Pirataria, anyone?

Retrocompatibilidade – Neste aspecto, o Wii U saiu na frente. Se não fosse a retrocompatibilidade com o Wii (incluindo todos os jogos e acessórios), dificilmente muitas pessoas (eu incluso) o teriam comprado recentemente, considerando que a lista de jogos para o console ainda é bem curta. Igualmente, o PS4 e o Xbox 720 (seja lá como realmente vão se chamar) devem ter um começo fraco, com poucos jogos nos primeiros meses de lançamento como é de costume. Portanto, por que não fazer com que estes consoles sejam retrocompatíveis com os jogos e acessórios de seus antecessores? Sony, não seria uma boa um PS4 que jogasse todos os jogos de PS3, PS2 e até do PSX? Isso seria um sinal de respeito a todos aqueles que gastaram rios de dinheiro nos consoles anteriores, mas que não gostariam de aposentar seus games. E atenção: apenas disponibilizar os jogos antigos em formato digital para venda não é o bastante!

Mais jogos em formato digital – Dito o anterior, não seria ideal que todos os jogos disponibilizados em mídia fossem também lançados em formato digital? Não estamos sugerindo o fim da mídia física, mas isso poupa o consumidor da dificuldade de encontrar o jogo na loja, sem falar na comodidade de comprar com apenas alguns cliques. Além disso, isso se torna uma boa alternativa para jogos usados. Que tal lançar os jogos em formato digital um pouco mais baratos que aqueles em mídia? Tenho certeza que muita gente vai preferir assim em vez de gastar uma quantia um pouco menor por algo que já passou sabe-se lá por quantas mãos.

Mais suporte a jogos indie Além dos grandes jogos em formato digital, por que não apoiar mais os pequenos desenvolvedores? Os jogos indie têm atraído cada vez mais atenção pela inovação e qualidade, e nós queremos que isso não pare de crescer. Quanto mais opções de jogos de todos os tipos um console tiver, mais apelo ele terá ao consumidor.

DLCs sim, mas sem abuso! Além de jogos digitais, nós somos totalmente a favor de expansões lançadas para os jogos. Agora, não queiram nos fazer de otários. Nada de querer cobrar para desbloquear um conteúdo que já está presente no jogo (ouviu, Capcom?) e nada de querer nos extorquir. DLCs são uma boa ideia para desenvolvedores acrescentarem novas ideias e opções aos jogadores, mas não vejam isso como uma mina de ouro. O lucro é consequência da qualidade do trabalho de vocês, e não da capacidade de nos enganar.

E vocês, concordam?  Qual o aspecto mais importante para vocês, e qual outra sugestão vocês dariam? Comentem aí abaixo!

Entusiasta de jogos eletrônicos desde suas primeiras lembranças, acredita que, mais do que produtos de entretenimento, games são uma forma de arte. Fã de jogos de estratégia e de aventura, além dos clássicos, quando não está trabalhando como tradutor, estudando ou debatendo os problemas mundiais, tenta expandir a sua lista de RPGs terminados, seu gênero favorito.