E finalmente chegamos ao encerramento de nossas matérias especiais sobre o Herói do Tempo de Hyrule! Veremos como ele fica ao ser transformado em lobo, voltar a ser marujo e, por fim, se transformar em um MAQUINISTA! Não conseguiu sacar? Relaxa, estamos aqui justamente pra explicar tudo isso pra vocês! E, no final, vocês verão o mundo pelos olhos de um Nintendista de coração! Estão preparados? Apertem os cintos!

2006 – Twilight Princess

Lançado para duas plataformas, GameCube e Nintendo Wii, esse jogo é o retorno ao visual adulto da série. E tem algo muito legal: Link pode mudar de forma, tornando-se um lobo!

Esse jogo se passa aproximadamente 100 anos depois de Ocarina of Time, em uma linha de tempo alternativa ao Wind Waker.

Hyrule mais uma vez em perigo, correndo o risco de ser engolida por uma realidade paralela corrompida. E sobra pro nosso guerreiro, que estava trabalhando em um rancho na vila de Ordon. Quando a vila é atacada por monstros que levam as crianças de lá (aliás, os vilões sempre capturam criancinhas hein), Link tenta salvar a molecada, mas é arrastado pra dentro de uma faixa sombria, é transformado em lobo e é aprisionado. É libertado por Midna, a princesa daquele reino, e membra da raça Twili. Ela, que tinha um corpo parecido com o de um mini demônio (imp, se preferirem), guia Link até Zelda, que explica que Zant, um usurpador, venceu os Espíritos da Luz e conquistou Hyrule. Link deve recuperar esses espíritos utilizando sua forma lupina e ajudar Midna a juntar as Fused Shadows, para que ela o ajude a recuperar as crianças perdidas.

Na busca por Zant, eles têm de recuperar o Twilight Mirror, objeto utilizado para banir adivinhem quem. Sim, ele mesmo, Ganon!

Aliás, nesse jogo Ganon é visto como uma entidade com poderes divinos. Pelo menos pro maluco do Zant né. Bom, Midna recupera todas as partes da Fused Shadows para vencer Zant e aí aparece Ganon na equação. O malandro já estava em Hyrule, com Zelda em suas mãos. Pancadaria, Link vence, Midna pede pra ele levar a Zelda embora que ela cuidaria do resto.

Mas como nem tudo são flores, Midna morre nas mãos de Ganon, e você tem que buscar o assassino cavalgando. Sim, Epona retorna nesse jogo!

Após vencer o insistente vilão, os Espíritos de Luz ressuscitam Midna, devolvendo sua forma original. E ela parte com o Twilight Mirror para sua dimensão, destruindoo espelho, o que encerra a história do reino dos Twili interagindo com os Hylians.

Como a temática desse jogo era mais adulta, Midna transparecia um lado mais sarcástico e sombrio na trama, somente ajudando Link a recuperar as crianças de sua vila se ele a ajudasse em seus objetivos também. Um bom jogo da série.

2007 – Phantom Hourglass

Primeiro jogo da série The Legend of Zelda no Nintendo DS, Phantom Hourglass se passa pouco tempo após os eventos de Wind Waker. Manteve-se o visual infantil do jogo de GameCube e também o modo de transporte: via barco.

Fazendo uso das duas telas do portátil, você tinha que jogar pela tela de toque. Seja para traçar rotas para seu barco, ou então para se movimentar, tudo ia por ali. Os botões só serviam para abrir menus e poucas funcionalidades extras. A tela de cima era melhor aproveitada nas lutas contra os chefes, pois a câmera mudava para uma visualização 3D do cenário, tornando as batalhas mais complexas e divertidas.

Novamente Tetra está em perigo, dessa vez por embarcar em um navio fantasma. Aí Link vai ao templo do Rei do Oceano, aonde grande parte da aventura se desenrola. Nesse jogo somos apresentados aos Phantoms. Esses são os inimigos mais difíceis do jogo, tirando os chefes. Você tem que utilizar de muita estratégia para tirar um desses do seu caminho até ter a Phantom Sword, a “Master Sword” desse jogo. Link conta também com a Phantom Hourglass, item que nomeia o jogo devido sua importância: sem ela, ninguém consegue andar pelo templo de Rei do Oceano, que foi tomado por forças negativas do vilão desse jogo: Bellum.

Nesse jogo temos mais uma fada: Ciela. É ela quem “aponta” os inimigos de Link (ou seja, ela é a “caneta” desse jogo) e locais para serem alcançados. Link veleja no S.S. Linebeck, cujo capitão é o pirata Linebeck. Ele é o alívio cômico do jogo, cheio de piadinhas. É muito covarde, mas demonstra bravura em momentos importantes, na busca por mais areia para a Phantom Hourglass. Nesse jogo, a Triforce é representada pelos espíritos da Coragem, da Sabedoria e do Poder. Esses espíritos estão dentro do Templo e quem dá as informações para Link é Oshus, um senhor que age como mentor para Link por grandes porções do jogo, até ser revelado que ele na verdade é o Rei do Oceano. Após uma batalha intensa com Bellum, depois de ter salvado a pirata Tetra, que estava transformada em pedra no navio fantasma, eles são transportados para o navio dela. A tripulação diz que tudo não passou de um sonho, pois eles apenas se ausentaram por dez minutos, mas Link ainda está com a Phantom Hourglass, agora vazia, e vê o barco de Linebeck no horizonte, tornando sua aventura muito real.

Esse título, mesmo mantendo o visual infantil, agradou muitos jogadores, por causa do sistema único de controle, além de ter uma história muito divertida a seu favor. A única reclamação de vários jogadores é que o templo principal era extremamente longo, e você ainda tinha que voltar várias vezes até ele. Os modos multiplayer desse jogo (via wi-fi por proximidade) foram um elemento divertidíssimo também. Em um deles você controlava três Phantoms, tentando impedir que o outro jogador, que controlava o Link, pegasse as Force Gems e fizesse pontos. No outro, você e um amigo competiam para ver quem coletava mais Force Gems. Diversão garantida!

2009 – Spirit Tracks

Mais um jogo para o portátil da Nintendo, o DS. Nesse jogo, que se passa aproximadamente cem anos depois do Phantom Hourglass, você é um aprendiz de maquinista, indo para seu exame para ser reconhecido como um maquinista de verdade.

Mas como nem tudo são flores, você chega lá e tem uma cerimônia apressada, presidida pela Princesa Zelda e por seu conselheiro Cole. Após a cerimônia, Zelda escapa até seu trem, para investigar o que está acontecendo com a Spirit Tower, que gerava os trilhos das Spirit Tracks. Só que vocês são emboscados por Cole, que se revela um demônio e por Bryce, um mercenário extremamente poderoso que vieram sequestrar a princesa. O demônio-Cole usa uma magia que separa o espírito de Zelda de seu corpo, pois para seu ritual ele só precisaria do corpo da menina.

Sim, o Phantom lutando com o peixe É a Zelda!

Após isso, Link desperta no castelo e encontra o espírito da princesa, que pede que ele a deixe acompanhar para resolver esse mistério. E, ali, você recebe as roupas da guarda real de Hyrule: o uniforme do herói da luz!

Nesse jogo você conta com a ajuda de Anjean, a guardiã da Spirit Tower. Ela é uma Lokomo, suas pernas são substituídas por rodinhas. Aliás, todos os sábios desse jogo têm essa forma. Você recebe a Spirit Flute, que precisa tocar para enfraquecer os poderes dos chefes desse jogo. Sim, você sopra no microfone do DS e ela toca!

Seu objetivo é impedir que Cole use o corpo de Zelda para ser o receptáculo de Malladus, o Rei dos Demônios. E nessa aventura você encontra um descendente do Linebeck, além de andar de trem por um mapa bem extenso. Inclusive dentro da água, o que é o mais engraçado. Você é caçado por trens-demônios, tendo um canhão como arma pra diminuir a velocidade desses bichinhos malditos.

Nesse jogo temos a volta dos Phantoms, mas com algo MUITO legal: a Princesa Zelda, num esforço para impedir que nosso herói fosse partido ao meio por um Phantom, descobre que, como espírito, consegue controlar o corpo de um Phantom. Aliás, ela não: você controla! Tudo o que você mandar via tela de toque, o Phantom faz. Muito legal.

Você não consegue chegar a tempo, pois Malladus já está no corpo de Zelda. Mas, com trabalho conjunto vocês vencem Byrne, Cole e, por fim, Malladus. É uma luta longa, aonde Byrne ajuda vocês e é destruído. Malladus, após ser expulso do corpo de Zelda, usa o corpo do demônio Cole, se tornando um monstro gigante e grotesco. Findo o maldito, as Spirit Tracks são restabelecidas, as Spirit Tracks voltam a povoar o mundo e os Lokomos ascendem aos céus, numa cena aonde Zelda e Link estão de mãos dadas. Tudo isso naquele visual meio infantil, mas continua sendo um momento muito bonito.

Agora quanto à engine do jogo: dirigir um trem é MUITO legal. Experimentem jogar com uma caixa de som conectada à saída do fone de ouvido do seu Nintendo DS e ouçam berros assustados de suas mães, achando que tem um trem de verdade passeando pela sua casa! Diversos puzzles (elemento presente em TODO Zelda que se preze), extras (caminhos diferentes pras Spirit Tracks) e muitos itens para serem conquistados. Um dos jogos mais divertidos do Nintendo DS.

O multiplayer é diferenciado do anterior: você poderia jogar com até quatro pessoas via DS Download Play. Esse modo funciona com só um jogo sendo requerido, os outros jogadores conectavam apenas naquela seção e vocês competiam por Force Gems de novo.

2011 – O futuro: Skyward Sword e Ocarina of Time 3D

Cada um lançado para uma plataforma: Skyward Sword sendo desenvolvido para o Nintendo Wii e Ocarina of Time 3D para o Nintendo 3DS. Skyward Sword é o retorno ao visual mais adulto da série, sendo uma história anterior ao Ocarina of Time propriamente dito, aonde Link é nativo de Skyloft, um conjunto de ilhas no céu. Ao se deparar com a Skyward Sword, você é enviado para o previamente desconhecido mundo abaixo, viajando com ela entre os mundos. Já foi revelado também que a espada se transformará na Master Sword, que terá também uma forma feminina, que guiará Link por essa aventura. Já Ocarina of Time 3D irá se aproveitar dos recursos de 3D sem a necessidade de óculos especiais do novo portátil da Big N. Provavelmente terá alguma adição na trama (nada confirmado por enquanto) e promete ser um dos títulos mais vendidos para o novo portátil.

O que esperar desses dois? Manterão o excelente nível com o qual a série foi trazida até hoje? Não acho que a Nintendo vá pisar na bola, com tantas expectativas em cima desses dois títulos. Afinal, nesses vinte e cinco anos de série, ela pode não ter agradado gregos e troianos com algumas mudanças, como a “infantilização” dos gráficos trazida pelo Wind Waker, mas sempre manteve o nível de jogos excelentes. Afinal, esse é um dos mascotes mais queridos dela, não?

Difícil não se encantar com a magia dos jogos e seus conceitos de coragem, lealdade e conhecimento. Link cresceu, voltou a ser criança, e se modificou… e nós crescemos também. Mas sem perder a sua essência: fazer de nós verdadeiros aventureiros.


Deixo aqui meus profundos agradecimentos ao mestre dos mestres, Shigeru Miyamoto, e ao imenso Takeshi Tezuka, que deram esse presente aos fãs dessa franquia tão importante da Nintendo. Não podemos deixar de agradecer ao fabuloso Koji Kondo, responsável pela espetacular trilha sonora de toda série, influenciando toda a indústria fonográfica para games. Se não fossem esses três nomes, talvez não estaríamos no dia de hoje ajudando o hoje veterano Link a apagar as velas de seu bolo.

Link, ao lado de outras personalidades importantes da Nintendo, como o Mario, Samus, Pikachu, Fox e outros, sempre estarão na memória o no coração de todos os verdadeiros fãs de vídeo game. Encerro esse texto gigante com um agradecimento a você jogador, por ter dado o merecido valor a esse pequeno Hylian, que tantas vezes vencer Ganon, entre outros vilões de igual porte, na eterna luta do bem contra o mal. É graças a vocês que essa franquia dura tantos anos, e esperemos que dure ainda mais. Afinal, a jornada de nosso herói entrará no mundo 3D com o pé direito, com um dos títulos mais marcantes e amados. É esperar que essa data se repita por muitos anos ainda.