É com muito orgulho que venho aqui dar um presente especial pra vocês, leitores da Bonus Stage.

Afinal hoje é o aniversário de um dos personagens icônicos da Nintendo. Uma saga que hoje completa vinte e cinco anos. Sim, estamos falando de mais um herói que porta uma espada mágica em busca de uma Princesa que não consegue ficar longe de problemas: Link, o guerreiro que já viajou pelo tempo, se perdeu dentro de um mundo de sonhos, virou um lobo e tem como hobby velejar e ser maquinista de trens! Estamos falando de The Legend of Zelda!

Ao longo desses 25 anos, Zelda já virou desenho animado, história em quadrinhos, e parte integrante da cultura pop no mundo, sem contar suas várias referências (e até mesmo aparições!) em outros jogos e outras mídias como cinema e televisão. Não é à toa que durante todos esses anos receberam inúmeros prêmios, tornando-se essencial na história dos video games.

Essa é uma das matérias especiais sobre o aniversário desse guerreiro lendário e um dos ícones mais amados da Nintendo. Nesse espaço irei contar mais detalhes sobre o que nosso ilustre Hylian já passou em sua busca pela paz no mundo de Hyrule, seja tentando salvar a bela princesa Zelda, ou simplesmente esfregando a cara de Ganondorf tentando recuperar a Triforce. Apertem os cintos, pois faremos uma viagem no tempo!

1986 – O nascimento de The Legend of Zelda

Criado por Shigeru Miyamoto e Takashi Tezuka (os pais do Mario), The Legend of Zelda foi lançado primeiramente no Japão em 21 de Fevereiro de 1986 para o Famicon Disc System, e posteriormente lançado aproximadamente um ano depois em forma de cartucho para o NES no mercado norte-americano. É considerado como o primeiro jogo que mistura ação e RPG dando liberdade total ao jogador seguir o seu objetivo da forma que preferir, e é a segunda franquia melhor sucedida na Nintendo, que perde apenas para o seu outro irmão, Mario.

Dirigido, criado e escrito por Miyamoto e Tezuka, e com trilha sonora do considerado “a maior lenda da indústria de áudio para games”, Koji Kondo, a intenção de The Legend of Zelda era separar a idéia que, de uma certa forma, se unia ao desenvolvimento de Super Mario Bros.: Se Mario era um jogo linear, Zelda seria o contrário, dando ao jogador uma experiência de mundo livre a ser explorado, na qual seria necessário interagir com demais personagens para atingir seus objetivos. Sua história surgiu da mente imaginária de Miyamoto, criando sua fantasia inspirada em sua infância. Como ele mesmo anunciou, “quando era criança, acampei e descobri novos lugares, o que foi uma surpresa. Quando viajei pelo país sem a ajuda de um mapa, tentando me localizar, percebi como é espetacular estar em uma aventura”. Assim surgiu o conceito de Link, como símbolo de coragem, força e conhecimento – e obviamente a base da Triforce, o artefato sagrado fundamental para todos os jogos da série.
O lançamento de Legend of Zelda é de extrema importância para a história dos video-games: foi o primeiro jogo a conter em seu disco/cartucho uma bateria interna que possibilitava salvar o seu jogo – o que posteriormente se tornaria importantíssimo em jogos. Outro detalhe que se tornaria comum nos dias de hoje é o fato de que, no lançamento do jogo, o cartucho de The Legend of Zelda vinha na cor dourada, além de sua embalagem possuir um manual explicando toda a história do jogo e outras informações, influenciando e muito no lançamento de edições especiais que se tornaram comum atualmente. Apesar da inovação, The Legend of Zelda contribuiu ainda além de seu desenvolvimento, sendo o estopim de parte da criação da cultura gamer. Sendo o primeiro jogo a alcançar 1 milhão de vendas nos Estados Unidos e a conseguir uma série de fãs do jogo, surgiu o Fun Club: um clube onde o jogador recebia um cartão para se tornar membro do fã clube da Nintendo e do jogo. Com o sucesso das revistas sobre jogos que eram lançados no Japão, e com a marca de mais de 1 milhão de membros, a Nintendo americana começou a lançar suas newsletters com informações e dicas dos jogos, o que posteriormente as publicações se tornaram a revista Nintendo Power, em 1988.

Nesse jogo temos nosso herói em sua forma original já, um garoto que é incumbido da missão de buscar os oito fragmentos da Triforce da Sabedoria. Nessa busca ele já é apresentado ao conceito de aumentar o nível de sua espada e tem diversos itens ao seu dispôr para tornar a vitória contra Ganon muito mais fácil.

1987 – The Adventure of Link

No segundo título da série para o NES, The Legend of Zelda II: The Adventure of Link, já temos algumas mudanças no estilo do jogo. Pra começar, ele virou um RPG combinado com Ação e Aventura. Temos divisões de pontos a cada vez que Link sobe de nível. Somos apresentados também à lenda que envolve o mundo aonde eles vivem.

Quando Link completa dezesseis anos ocorre a primeira “transformação” do nosso herói, que é a Triforce aparecendo na palma de sua mão. Conhecemos também a lenda por trás da família real, sobre as princesas da família sempre receberem o nome de Zelda. Esse jogo se torna um side scrolling, diferente do primeiro jogo. Alguns elementos da história sobre o passado da família do Link também são revelados nesse jogo. E o vilão? Ninguém menos do que um dos vilões recorrentes na série: Dark Link.

1991 – A Link to the Past

Falar desse jogo é apelar pra minha nostalgia. Sem dúvida um dos clássicos do Super Nintendo, jutamente com Super Mario World, Metroid, Chrono Trigger, Final Fantasy III, dentre muitos outros que seria difícil enumerá-los, pois esse post teria mais de dez páginas. Mas enfim, vamos ao que interessa! Nesse jogo, The Legend of Zelda: A Link to the Past, Link é sobrinho dos guardiões da família real de Hyrule, e seu tio sai na calada da noite para o resgate da Princesa Zelda, que estava sob as garras, junto das filhas dos Sete Sábios (um grupo que protege a terra dos Hylians de todo o mal) do feiticeiro Agahnim.

 

O objetivo dele é trazer o caos ao mundo com seu mestre, Ganon. Uma das coisas mais legais desse jogo é que a mitologia recebe muito mais informação, tornando o universo Zelda ainda maior. E já que estamos falando de tamanho mesmo, esse foi o primeiro a ser tão longo, pois ainda tínhamos o Dark World, uma versão sombria do mundo de Hyrule. Temos a volta da visão dos eventos como foi no primeiro jogo, e muitas músicas clássicas da série tiveram uma repaginação muito interessante também.

O visual do nosso guerreiro favorito têm poucas diferenças, sendo a principal delas o fato de ele ser mais “bonito” do que o primeiro visual. Como opinião pessoal, top 3 dentre os jogos de Zelda sem esse jogo não é um top 3 decente. Esse jogo, seguindo a confusa timeline da série, é considerado anterior ao The Legend of Zelda do NES.

 

 

Essa matéria é a primeira de uma semana de homenagem a um dos maiores heróis da história dos video games.