Depois de um período sem jogos musicais e sem o uso dos constroles/instrumentos, finalmente foi lançado em setembro Guitar Hero: Warriors of Rock, mais um jogo da tão aclamada série que foi sucesso desde seu lançamento. Lançada pela Activision e desenvolvida pela Neversoft, Guitar Hero volta aos palcos de seus consoles com uma setlist de mais de 90 músicas e uma história que vai além de ter uma banda e ficar famoso com isso, com direito aos personagens clássicos da série que agora possuem transformações bizarras para o andamento do jogo, gráficos bacanas e bem mais rock’n roll!

Quando li a respeito da história por trás de Guitar Hero: Warriors of Rock confesso que senti certo receio quanto à inovação que tanto foi comentado antes de seu lançamento: “Junte seus amigos para uma jornada épica para salvar o rock’n roll”… Ok, ria à vontade disso. Afinal, reunir rockeiros para ajudar um semi-deus que há muito tempo foi derrotado e sua arma contra o mal – uma guitarra em forma de machado: épico – outrora perdida e que precisa ser usada contra o mal, realmente não é algo que chamaria mais a atenção de jogadores fãs de rock, mas por incrível que pareça, essa história por trás do jogo funciona muito bem. Com um caminho a ser percorrido para reunir os personagens lendários da série, a história foge do mais do mesmo: ter uma banda e alcançar o sucesso. Reunir personagens para encaras batalhas épicas torna a ‘aventura’ bem divertida, parte disso são as referências visuais para rockeiro nenhum botar defeito.

Guitar Hero: Warriors of Rock conta um esquema de skills de personagens, onde cada um tem sua devida vantagem, como aumento de pontos, Star Power maior, além de outros e que pode ajudar o jogador a conseguir uma numeração de pontos maior – o que acaba sendo útil para conseguir algumas conquistas. A jogabilidade obviamente é idêntica aos jogos anteriores, mas o esquema de skills tornou-se um diferencial.

Porém, a inovação verdadeira do novo Guitar Hero não é sua história e nem são os gráficos surpreendentes, mas sim a sua setlist com mais de 90 músicas em diversos estilos da árvore do rock e que estão muito bem organizadas e segmentadas ao estilo de cada personagem, além da participação de verdadeiras lendas do rock no desenvolvimento do jogo. “Tocar” músicas que foram regravadas e remasterizadas, como é o caso de Cherry Bomb das The Runaways, uma música inédita especialmente composta pelo Megadeth especialmente para o jogo, a narração da aventura por Gene Simmons do Kiss… e claro, 2112 do Rush, a épica música conceitual do power trio com o contexto do jogo misturado com a história da música, são coisas muito legais de se ver em um jogo! Quem curte não tem o porque botar defeito! (Principalmente pra quem é fã de Rush como eu!)

A parte gráfica do jogo está muito bem trabalhada, com uma qualidade impressionante tanto na aparência caricata dos personagens como nos cenários, que alternam em ambientes sombrios a imagens coloridas (não, nada de happy rock!). É divertido ‘reconhecer’ alguns lugares no jogo – a famosa casa de punk rock CBGB e o palco com temática egípcia no maior estilo Iron Maiden são prova das referências utilizadas e também da qualidade empregada no visual.

Concluindo, Guitar Hero: Warriors of Rock é um jogo muito divertido, com uma ótima seleção de músicas que nunca tinha sido tão trabalhada como nas anteriores, fugindo da mistura de estilos. A sua fórmula é idêntica às anteriores, mas é um prato cheio pra fãs de rock e da maioria das bandas que emprestaram suas músicas para o seu entretenimento, e isso é decisivo para um replay – tem que ter o rock fluindo em suas veias para jogar várias vezes.