Starcraft é meu jogo multiplayer preferido na vida, e a última parte da trilogia Starcraft II foi esperada com muita ansiedade por mim. Depois dos terranos e zergs, agora o foco é dos protoss, raça preferida entre boa parte dos campeões da modalidade nos campeonatos mundiais de e-sports. Apesar de ser uma jogadora muito casual ultimamente (a vida profissional e a necessidade de dormir não ajudam o fã de Starcraft) estava bem ansiosa para experimentar as unidades novas e me aventurar com os protoss, que sempre foram preteridos por mim ao jogar.

Sinceramente não está sendo fácil para mim me adaptar ao estilo de jogo protoss no modo campanha. Costumo brincar que conheço a personalidade de uma pessoa pela raça preferida dela em Starcraft e sou uma zerg convicta. Meu jogo é ansioso, do tipo que gosta de entrar com muita força bruta e batendo o máximo possível o quanto antes, sem dar muito foco na economia num primeiro momento e depois crescendo a custa de ataques rápidos e graduais. Não acho que seja uma estratégia mais fácil, até porque perco bastante (boa parte dos meus amigos me acham maluca pela minha preferência zerg), mas acho que é a que mais se adapta a minha personalidade e estilo de estratégia. Isso não é viável com a raça de Zeratul: os protoss usam unidades caras e complexas e dependem de um estilo de jogo mais sorrateiro e paciente. Senti a necessidade de treinar jogadas mais técnicas também, como recuos precisos e  avanços lentos, fundamentais quando você trabalha com exércitos menores.

Sobre o jogo em si, o visual segue o altíssimo padrão de qualidade da Blizzard, com cinemáticas deslumbrantes e caracterização minuciosa sustentada pela riqueza de detalhes do cenário. Uma inovação que chamou a atenção é a possibilidade de missões cooperativas, em que você noob ou destreinado (mea culpa, eu adoro dormir) pode pedir ajuda para aquele amigo que não faz tanta questão das 8 horas diárias de sono e já é pro em enfrentar inimigos que você não conseguiria segurar sozinho. Acho que o que mais me faz preferir o Heart of the Swarm até o momento é sentir falta da força das histórias pessoais vividas por Kerrigan e Raynor: com um conflito tão intenso e dramático como o relacionamento deles e seus desdobramentos trágicos é difícil para o frio Zeratul rivalizar. A energia vingativa da Kerrigan e a filosofia dos zergs foram pontos muito queridos para mim em Heart of the Swarm e ainda não fui igualmente cativada pela narrativa dos protoss.

As novas unidades protoss são realmente úteis e estão me ajudando a me afeiçoar um pouquinho a raça: os Adeptos são especialistas de longo alcance com um teleporte de curta distância que ajuda muito na hora de adotar o “bater e correr”, e os Disruptores conseguem ativar um escudo de invulnerabilidade por um curto período de tempo para se infiltrarem em bases ou aglomerações de unidades e gerarem uma explosão forte a ponto de fazer um estrago significativo. Com meus amados zergs, temos os Furtivos, variações das Hidraliscas extremamente vulneráveis quando expostos mas capazes de lançar um ataque de espinhos ao se enterrarem. Ajudam muito na hora de montar barreiras em pontos estratégicos. As populares Baratas também ganharam uma evolução, os Destruidores, que lançam projéteis capazes de perfurarem campos de força protoss. Com os terranos, temos os Ciclopes, unidade de assalto móvel que ataca alvos aéreos e terrestres e o Libertador, nave de artilharia pesada também capaz de atacar tanto solo quanto ar.

Darei mais detalhes sobre a campanha, história e os desfechos dramáticos de Starcraft aqui no site em nossa review completa de Legacy of the Void, que deve ir ao ar na próxima semana. Até lá, estarei online madrugadas a dentro enquanto o sono e os deveres IRL não me impedirem.

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